Design: Acionamentos e mecanismos

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Elementos de transmissão

Polia e Correia

Definição: A correia é um elemento de máquina que transmite rotação entre eixos através de polias, que são peças cilíndricas movimentadas por rotação de eixos.

Emprego: Para transmissão de rotação entre eixos.

Classificação: São classificadas de acordo com sua superfície de contato com a correia, sendo planas (reta ou abaulada) ou trapezoidais (em “V”).

Planas, podem ser:   Trapezoidais, podem ser:


Polia de aro plano

Polia de aro abaulado

Polia escalonada de aro plano.
Polia escalonada de aro abaulado.

 


Polia em "V" simples.

Polia em "V" multiplo

 

Correntes

Definição: Elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de anéis ou elos. Existem vários tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicação específica.

Emprego: Para transmissão de rotação entre eixos.

Classificação: De rolo, de buchas e elos.

Corrente de rolo   Corrente de buchas   Corrente de elos

São constituídos de pinos e talas, sendo aqueles travados nestes com cupilhas ou pinos elásticos.

 

São constituídos de pinos e buchas. Estes elementos possuem diâmetro maiores, o que confere mais resistência do que à corrente de rolo.

 

São constituídas de simples elos de aço. Sua utilização se dá para o transporte de grandes cargas e com baixa velocidade.

 

Cabos de Aço

Definição: Elementos que transmitem movimento e suportam grandes cargas (força de tração), deslocando-as nas posições horizontal, vertical ou inclinada. A fixação das extremidades se dá por meio de ganchos ou laços. Os cabos são normatizados e possuem limites de cargas tabeladas pelos fabricantes.

Emprego: São muito empregados em equipamentos de transporte e na elevação de cargas, como em elevadores, escavadeiras e pontes rolantes. .

Classificação: distribuição normal, distribuição seale, distribuição filler e distribuição warrington.

 

Acoplamento

Definição: É um conjunto mecânico que transmite movimento entre duas árvores ou eixos.

Emprego: Usado quando se faz necessária a transmissão de grandes potências em baixas velocidades .

Classificação: Podem ser fixos (unem árvores como se fossem peça única), elásticos (suavizam movimentos bruscos e admitem desalinhamento paralelo e/ou angular) ou móveis (somente acoplam com movimentação através de acionamento).

Tipos de acoplamentos

Fixo com flanges parafusadas: é próprio para a transmissão de grande potência em baixa velocidade.

 

Elástico de pinos: Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de borracha.

Fixo de discos ou pratos: Empregado na transmissão de grandes potências em casos especiais, como, por exemplo, nas árvores de turbinas. As superfícies de contato nesse tipo de acoplamento podem ser lisas ou dentadas.


 

Fixo com luva de compressão ou de aperto: Esse tipo de luva posui a vantagem de não interferir no posicionamento das árvores, podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento.

     

Elástico perflex: Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma ligação de borracha apertada por anéis de pressão e permite o jogo longitudinal de eixos.

 

Elástico de garras: As garras, constituídas por tocos de borracha, encaixamse nas aberturas do contradisco e transmitem o movimento de rotação.

Elástico de fita de aço: Consiste de dois cubos providos de flanges ranhuradas, nos quais está montada uma grade elástica que liga os cubos. Apesar de esse acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas no ato de sua instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço.

 

Elástico de dentes arqueados: Os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no sentido axial, o que permite até 3 graus de desalinhamento angular. O anel dentado (peça transmissora do movimento) possui duas carreiras de dentes que são separadas por uma saliência central.

Elástico junta homocinética: Esse tipo de junta é usado para transmitir movimento entre árvores que precisam sofrer variação angular, durante sua atividade. Essa junta é constituída de esferas de aço que se alojam em calhas.

   

Roscas

Definição: São saliências de perfil constante, em forma de hélice (helicoidal). As roscas se movimentam de modo uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. As saliências são denominadas filetes.

Emprego: Em parafusos, porcas de fixação, uniões e tubos.

Classificação: Segundo o tipo de perfil uma rosca pode ser triangular, trapezoidal, redonda, dente de serra ou quadrada.

Triangular   Trapezoidal   Redonda

É o tipo de perfil considerado o mais comum, sendo utilizado em parafusos e porcas de fixação, uniões e tubos.

 

Roscas com este perfil são empregadas em instrumentos de comando das máquinas operatrizes, na transmissão de movimento suave e uniforme, fusos e prensas de estampar.

 

O perfil redondo é empregado em parafusos com grandes diâmetros, feito para suportar grandes esforços. Este tipo de perfil também é utilizado em lâmpadas e fusíveis, pela facilidade na estampagem.

Dente de serra   Quadrada    

Este perfil de rosca é empregada quando a força de solicitação é muito grande em um único sentido, é utilizada em morsas, macacos, pinças para tornos e fresadoras.


 

Praticamente em desuso, sendo ainda utilizado em parafusos e peças sujeitas a choques e grandes esforços, como é o caso das morsas.

   

Engrenagens

Definição: Também chamadas de rodas dentadas, transmitem força e rotação de um eixo para outro componente em um sistema de transmissão de potência ou movimento. Possuem dentes espaçados simetricamente em torno do seu corpo que pode ter o formato cilíndrico ou de tronco de cone. A medida que uma engrenagem gira, esses dentes se encaixam no espaço entre os dentes da outra engrenagem ou correntes de transmissão, de maneira sucessiva, movendo-os e transmitindo movimento.

Emprego: A junção de um par de engrenagens ou a combinação de várias delas, ou combinadas com correntes de transmissão, são usadas para transmitir rotações e forças de um eixo motriz para um eixo movido. formando assim, um sistema de transmissão de potência.

Classificação: Podem ser engrenagens cilindrica de dentes retos, helicoidais, cônicas, coroa sem fim e cremalheiras.

Cilindrica de dentes retos   Helicoidais   Cônicas

São engrenagens que apresentam dentes paralelos ao eixo geométrico da roda, sendo empregadas para transmitir potências médias, com rotação variada. A engrenagem cilíndrica de dentes retos é considerada o tipo mais comum.

 

Estas engrenagens se caracterizam pela inclinação do dentado em relação ao eixo geométrico da roda. Possui alta resistência e trabalho silencioso. São utilizadas em situações de grandes esforços como em caixa de redução ou de câmbio.

 

As engrenagens cônicas apresentam a forma de tronco de cone, e podem ter dentes retos ou helicoidais, porém apresentam uma grande característica que é a transmissão de movimento entre eixos ortogonais.

Coroa sem fim   Cremalheiras    

Engrenagem onde o movimento circular gerado pelo parafuso movimenta uma coroa ou um pinhão teoricamente sem fim, pois ao contrário de mover a contra-parte, ela gira, mantendo movimento circular. São utlizados em qualquer sistema onde se pretende precisão e torque, como embreagens, relógios, sistemas de elevadores e na indústria geral.


 

É uma barra provida de dentes, destinada a engrenar uma roda dentada. Esse sistema transforma um movimento de rotação em movimento retilíneo e vice-versa. Há dois tipos de cremalheira, as cremalheiras de dentes inclinados que acoplam-se a rodas helicoidais e as de dentes perpendiculares que engrenam-se com as rodas de dentes retos.

   

 

 

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